quinta-feira, 26 de março de 2009

A Higiene Pessoal - Crianças

Higiene Pessoal

A importância da higiene como melhoria na qualidade de vida das crianças.

As mudanças dos hábitos de higiene durante todo o processo evolutivo da humanidade são um dos factores mais significativos para que o Homem de hoje tenha uma maior longevidade.

Com as mudanças de atitude, o Homem adquiriu aprendizagens relacionadas com os seus padrões nutritivos (alimentação) e a cuidar melhor da higiene de seu próprio corpo. Por isso, várias doenças causadas pela ingestão de alimentos contaminados e a falta de higiene pessoal diminuíram sensivelmente, levando-o melhorar a sua qualidade de vida. A influência que as condições de saneamento básico têm sobre a saúde da população é notória. Em relação às crianças, essas condições estão directamente ligadas aos índices de mortalidade e mobilidade infantil.

A higiene dos filhos é uma tarefa dos pais. Só aos 6 anos é que a crianças estão “maduras” para cuidar de sua própria higiene pessoal, Os pais não devem passar a responsabilidade antes que elas estejam preparadas. Para que a criança seja bem-educada em higienização e desenvolva bons hábitos é necessário que ela receba informações e exemplos.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Higiene Alimentar

 cozinheiro

Código de Boas Práticas

Boas Práticas de Higiene e boas Práticas de Fabrico

Preparação e Confecção de Alimentos

1.  Preparação

As zonas de preparação devem ser limpas e desinfectadas imediatamente após a conclusão de cada tarefa, sendo ainda importante ter em consideração os seguintes aspectos:

  • Os manipuladores de alimentos devem respeitar todas as regras de higiene pessoal, lavando as mãos no espaço destinado para o efeito, antes de iniciar cada tarefa;

  • Todos os equipamentos, bancadas e utensílios devem ser cuidadosamente lavados e desinfectados antes da preparação;

  • Na mesma bancada não podem existir alimentos crus e confeccionados, ou alimentos na proximidade de lixos ou objectos sujos, de forma a evitar a contaminação cruzada;

  • Não é permitido que a mesma faca ou tábua de corte contacte simultaneamente com alimentos crus e confeccionados, e com alimentos de origem animal e vegetal;

  • Os alimentos deverão permanecer na “zona de perigo” (entre 4ºC e 63ºC) o menor tempo possível, apenas o estritamente necessário para a preparação, tendo a tarefa que ser realizada rapidamente e sem interrupções;

  • Todos os materiais devem ser utilizados apenas para uma tarefa, sendo lavados e desinfectados assim que esteja terminada;

  • Os alimentos devem ser colocados na câmara de refrigeração, devidamente acondicionados, após a sua preparação e até à sua confecção.

O espaço destinado à preparação dos alimentos, deverá ser dividido em três zonas. Uma para a preparação do pescado, outra para a preparação da carne e outra para os produtos hortícolas. Cada zona deve estar devidamente identificada e equipada com o material adequado a cada preparação. Caso não seja possível a existência de três zonas distintas, por falta de espaço, a preparação dos diferentes tipos de alimentos deverá ser efectuada em diferentes momentos, desinfectando sempre o local depois de cada preparação. Para cada tipo de alimento a preparar devem existir tábuas de corte e facas de cozinha distintas.

A manipulação de alimentos crus deve efectuar-se em zonas distintas daquelas onde são manipulados os alimento confeccionados. Nos casos em que a disposição do local não o permita, as operações devem ser separadas no tempo por uma fase de limpeza e desinfecção.

1.1  Preparação de alimentos crus

1.1.1  Preparação de carnes

Os procedimentos operacionais na zona de preparação de carnes (lavagem, corte e tempo de espera para confecção) deverão seguir uma sequência que assegure que:

  • Os produtos perecíveis crus de origem animal não estejam expostos mais que 1 hora à temperatura de risco;

  • As carnes de aves, coelhos e vísceras não estejam expostas mais que 30 minutos à temperatura de risco.

Em unidades de restauração deve-se ter sempre presente que:

  • Não devem adquirir carnes frescas para congelar;

  • Aquando da aquisição de carnes embaladas em vácuo, esta deverá ser retirada 2 horas antes da sua preparação, de modo a retomar a sua coloração natural e o odor a vácuo desaparecer. Durante este período a carne deverá estar armazenada em câmaras de refrigeração;

  • A preparação de carne picada deve ser realizada na unidade, o mais próximo possível da sua confecção;

  • Os enchidos a servir crus deverão ser previamente escaldados, devendo ser introduzidos em água a ferver durante 4 a 5 segundos.

1.1.2  Preparação de pescado

Os procedimentos operacionais na zona de preparação de pescado (evisceração, remoção das cabeças, descamação, lavagem, corte e tempo de espera para confecção) deverão seguir uma sequência que assegure que o pescado e moluscos não estejam expostos mais que 30 minutos à temperatura de risco.

No final de todas estas operações, os desperdícios gerados devem ser imediatamente retirados, realizando-se uma lavagem do pescado com água corrente.

A compra ou congelação de pescado desfiado ou picado é proibida, devendo esta operação ser realizada na unidade de restauração, o mais próximo possível da sua confecção.

Relativamente ao bacalhau, quer seja seco ou salgado, depois de cortado em postas, deve ser demolhado em água fria corrente. Em alternativa, pode ser demolhado em 48 horas, num recipiente coberto, com mudanças de água frequentes e, de preferência, em ambiente refrigerado.

1.1.3  Preparação de hortícolas e frutícolas

Todos os produtos hortícolas e frutícolas a serem servidos crus, incluindo as ervas aromáticas, têm que ser bem lavados e desinfectados. De modo sequencial, deve-se:

  • Rejeitar as folhas exteriores dos vegetais, que acumulam mais nitratos e outros poluentes, insectos, larvas e demais parasitas, e todas as partes velhas, pisadas, etc.;

  • Lavar em água fria corrente, para remover todas as poeiras e outros contaminantes;

  • Mergulhá-los numa solução de água e desinfectante apropriada, seguindo as indicações recomendadas relativamente à dosagem e tempo de acção;

  • Passar novamente por água fria corrente.

Depois de cuidadosamente lavados, desinfectados e preparados, os produtos a servir em cru devem ser guardados na câmara de refrigeração, devidamente cobertos com película aderente, até ao momento de servir.

1.1.4  Preparação de ovos

Devido à sua estrutura física e à casca coberta por uma fina camada protectora, o ovo encontra-se relativamente protegido de contaminantes. Mas, se a porosidade da casca é fragilizada, os microrganismos podem facilmente passar para o seu interior. Assim sendo, os ovos devem ser rejeitados sempre que a casca esteja suja, rachada, partida ou com manchas.

Com excepção dos ovos que irão ser servidos estrelados, todos os restantes devem ser partidos na zona de preparação de carnes cruas, tendo em atenção os seguintes aspectos:

  • A quebra dos ovos não deverá ser efectuada nos bordos do recipiente onde o conteúdo destes vai ser colocado.

  • Os ovos devem ser partidos um a um, num recipiente à parte, antes de serem adicionados aos restantes, de modo a que, caso um ovo aparente estar estragado, possa ser rejeitado, sem necessidade de rejeitar todos os outros.

  • As cascas, após ter sido partido cada ovo, deverão ser colocadas imediatamente nos recipientes de lixo e a superfície onde foram quebrados deverá ser lavada e desinfectada no final da operação.

1.2  Descongelação

A correcta descongelação dos alimentos é muito importante na higiene e segurança alimentar.

Os alimentos devem ser colocados a descongelar com a devida antecedência, no máximo 72 horas, em ambiente refrigerado (temperatura entre 1 e 4ªC). Depois de totalmente descongelados, os produtos têm que ser consumidos no prazo de 24 horas, devendo, durante esse período de tempo, ser conservados na câmara de refrigeração.

Existem, no entanto, alguns alimentos de pequena dimensão, que podem ser retirados da câmara de conservação de congelados directamente para a confecção, sem descongelação prévia. É o caso de legumes, batata pré-frita, rissóis, pastéis de bacalhau e mariscos.

Deve-se evitar que o alimento, durante e após a fase de descongelação, entre em contacto com o suco de descongelação, devendo-se por isso coloca-lo em grelhas de plástico ou inox, ou em tabuleiros adequados que permitam que os sucos escorram.

Todos os alimentos em descongelação devem estar cobertos com a própria tampa do recipiente, com película aderente ou com um saco de plástico transparente e, devem ser devidamente acondicionados nas prateleiras inferiores das câmaras de refrigeração.

Também se pode realizar a descongelação em microondas, se o alimento for confeccionado imediatamente a seguir.

A descongelação do pescado e da carne deve ser realizada em câmaras de refrigeração separadas. Se tal não for possível, os produtos devem estar cobertos, de forma a evitar contaminações cruzadas e mistura de odores.

Todos os recipientes e utensílios utilizados no processo de descongelação devem ser limpos e desinfectados o mais rapidamente possível.

Produtos que tenham sido descongelados nunca podem ser congelados outra vez.

2.  Confecção a quente

A confecção é a última hipótese de destruição dos microrganismos que possam estar presentes nos alimentos. Para assegurar a sua destruição durante o processo de confecção (a quente) do alimento, a temperatura deve ser superior a 75ºC.

Na confecção de alimentos de origem animal, deve evitar-se a confecção de peças de carne inteiras com peso superior a 2,5kg, devido à dificuldade de se atingir aquela temperatura no interior da peça.

Deve-se ter em consideração, que destruição microbiana não depende somente da temperatura mas também do tempo a que o alimento se encontra submetido a essa temperatura e da sua contaminação inicial.

O processo de confecção deve ocorrer sem interrupções, devendo-se ter o cuidado de reduzir ao mínimo imprescindível toda a manipulação de um produto após a sua confecção a quente.

Na preparação de pratos, molhos ou sobremesas que não sofrem um processamento térmico ou com processamento térmico ligeiro, nunca devem ser utilizados ovos crus ou mal cozinhados, devido aos riscos que apresentam para a saúde.

Para este tipo de confecções dever-se-á recorrer ao uso de ovo pasteurizado, que pode existir sob a forma de ovo inteiro, só gema ou só clara.

Os ovos crus ou mal cozinhados não devem ser utilizados devido à presença de uma bactéria, a salmonela, que pode provocar toxinfecções alimentares. Por isso, os ovos devem ser sempre sujeitos a um intervalo de tempo/temperatura de confecção que permita eliminar esta bactéria.

Os ovos possuem um período de conservação de duas a três semanas, devendo ser mantidos na embalagem de modo a controlar e respeitar o prazo de validade. Para sua conservação, as seguintes regras devem ser cumpridas:

  • Colocar os ovos em local fresco, seco e abrigado da luz;

  • Colocar os ovos com a extremidade mais estreita para baixo;

  • Armazenar os ovos longe dos alimentos de cheiro intenso (peixe, queijo, etc.);

  • Caso a preparação culinária destinada não utilizar a clara ou a gema, estas podem conservar-se no frigorífico durante 12 e 24 horas, respectivamente;

  • O ovo cozido com casca deve ser consumido no prazo de 4 dias, e 2 dias se estiver sem casca.

Recomendações na confecção dos ovos:

  • Ter as mãos lavadas para não se contaminar a casca;

  • Remover, com um pano seco, toda a sujidade (caso exista);

  • Lavar os ovos, apenas e somente, imediatamente antes da sua utilização;

  • Partir o ovo com um utensílio diferente daquele que vai utilizar na preparação/confecção;

  • Abrir o ovo para um recipiente vazio e diferente daquele que vai utilizar para a preparação/confecção;

  • Após a quebra dos ovos, colocar imediatamente as cascas no recipiente do lixo para não ficarem esquecidas em cima da bancada.

  • Lavar e desinfectar todos os recipientes utilizados durante a operação;

  • Após manipulação dos ovos, deve-se lavar as mãos com água e sabão líquido desinfectante, uma vez que a casca pode estar contaminada.

2.1  Manutenção da temperatura

A temperatura óptima de multiplicação dos microrganismos responsáveis pelos problemas de saúde no homem situa-se nos 36-37ºC. Qualquer valor acima ou abaixo desta gama de temperaturas afecta o crescimento dos microrganismos mas não impede o seu desenvolvimento. Embora este seja mais lento, o desenvolvimento dos microrganismos dá-se entre os 4ºC e os 63ºC, sendo este intervalo designado "zona de perigo". Assim, é importante que as temperaturas de conservação se mantenham fora desta zona, mantendo-se os alimentos na zona fria (<4ºC) ou na zona quente (>63ºC).

2.1.1  Manutenção a frio

Os pratos confeccionados mantidos em frio, até ao momento do seu consumo ou da sua regeneração, devem conservar-se a uma temperatura inferior a 4ºC. Para o controlo do tempo de conservação é necessário que as comidas sejam etiquetadas com a data da sua elaboração. Para evitar as contaminações cruzadas, as comidas devem ser tapadas até ao momento em que se proceda à sua regeneração e/ou serviço.

A manutenção de alimentos confeccionados no frio não poderá ser por muito tempo. Isto porque o frio não destrói os microrganismos, apenas retarda o seu crescimento. Assim:

  • Os pratos confeccionados a serem consumidos em quente, devem ser mantidos no máximo 5 dias em refrigeração, sendo aconselhável não superar os 3 dias.

  • Os pratos que incorporem ovo, nunca devem ser mantidos mais de 24 horas, a uma temperatura máxima de 8ºC. 

2.1.2  Manutenção a quente

Os alimentos a servir quentes devem ser mantidos acima dos 63ºC, até ao momento do seu consumo. Devem ser conservados em mesas, armários ou banhos quentes, a temperaturas de 80-90ºC, para que a temperatura interior seja superior a 63ºC.

2.2  Arrefecimento

O arrefecimento dos alimentos confeccionados deve ocorrer o mais rapidamente possível, de modo a manter uma boa qualidade física e microbiológica dos alimentos. Após a sua confecção os alimentos devem ser arrefecidos, em menos de 2 horas, até aos 10ºC, sendo posteriormente acondicionados a temperaturas iguais ou inferiores a 4ºC.

O uso de células de arrefecimento rápido é recomendado. Este é um tipo de equipamento concebido especialmente para arrefecer alimentos, elaborados a quente, de forma rápida. Caso estas não existam, o arrefecimento deverá ser efectuado colocando o recipiente com o alimento num banho de água fria, introduzindo-o posteriormente na câmara de refrigeração.

Nunca se devem deixar arrefecer os alimentos à temperatura ambiente, durante um longo período de tempo, pois esta prática coloca os alimentos na “zona de perigo”.

2.3  Reaquecimento

O reaquecimento é o processo em que um alimento confeccionado a quente e mantido durante um determinado tempo em refrigeração, volta a sofrer um tratamento térmico antes de ser servido. A temperatura de reaquecimento (ou regeneração) deve atingir os 75ºC em pelo menos 2 horas. Qualquer alimento reaquecido não pode ser refrigerado outra vez.

2.4  Óleos de fritura

Durante a confecção de alimentos, deve-se ter em conta a possibilidade de poderem ocorrer contaminações químicas por via do próprio processo de confecção. É o caso da degradação dos óleos alimentares no decurso dos processos de fritura.

O aquecimento prolongado a altas temperaturas, com a presença de água e oxigénio contidos nos alimentos, provoca a oxidação do óleo de fritura originando compostos químicos tóxicos.

Existem algumas boas práticas que, se estabelecidas, permitem alargar a durabilidade dos óleos, nomeadamente:

  • O uso de óleos de boa qualidade, resistentes a altas temperaturas;

  • A implementação de uma prática de substituição de óleo, adequada e previamente validada, sendo totalmente proibida a junção de óleo novo com óleo usado ou dois tipos de óleo distintos;

  • O não aquecimento do óleo a temperaturas superiores a 180ºC;

  • A filtração do óleo após cada utilização e após arrefecimento, de forma a remover as partículas sólidas;

  • Não ultrapassar o número de frituras que um óleo pode suportar;

  • Proteger o óleo nas fritadeiras do contacto com o ar e da luz;

  • Esvaziar e limpar as cubas das fritadeiras após cada utilização.

3.  Serviço

Após a confecção, os diversos alimentos que compõem as ementas são empratados. Nesta etapa deve-se respeitar todas as regras de higiene pessoal, nunca tocando nos alimentos directamente com as mãos, mas usando sempre pinças, colheres ou espátulas adequadas para o efeito.

Nas situações de self-service deve-se ter o cuidado de colocar os talheres destinados ao utilizador, inclusive os talheres de sobremesa, em saquetas apropriadas, juntamente com o guardanapo. Nas situações em que o consumidor se serve da quantidade desejada (pão, saladas, etc.), devem existir utensílios adequados e exclusivos para cada alimento, de modo a evitar possíveis contaminações cruzadas. Estes alimentos devem estar disponíveis em equipamentos protegidos (com tampa, porta, prateleira, etc.), de modo a impedir a queda sobre os alimentos de gotículas respiratórias, cabelos, objectos, pó, etc.

Citação de: Cláudia Silva © Portal de Saúde Pública, 2007

sábado, 21 de março de 2009

Higiene Pessoal - BANHO

 Banho

Não é de surpreender que a ideia de tomar banho para manter a pele limpa esteja intimamente associada ao conceito de saúde: a pele, um casaco semi-impermeável de alta tecnologia, 5 camadas e quase 2 metros quadrados de tamanho, é a principal barreira contra os agentes nocivos presentes no meio ambiente.

As origens do banho se estendem para muito antes da pré-história. Materiais saponificastes anteriores a 2.800 a.C. foram encontrados em cilindros escavados nas ruínas da antiga Babilónia. As inscrições indicavam que aquele material era utilizado para limpeza dos cabelos e para auxiliar a confecção de penteados. Os antigos egípcios também  banhavam-se bastante: os Papiros de Ebers, datados de 1.500 a.C., descrevem uma mistura de diversos sais e óleos utilizados para higiene pessoal.


Na civilização Ocidental, coube aos Romanos a difusão do hábito. Os primeiros Banhos Romanos foram construídos 300 anos antes de Cristo. No seu auge, Roma contava com mais de 13 aquedutos para manter seus habitantes sempre limpos. Contudo, com o declínio do Império, os Banhos também perderam gradativamente a popularidade.


Na Idade Média, os médicos desencorajavam o banho, afirmando que ele retirava as camadas mais protectoras da pele, aumentando o risco de doenças. Mas todo mundo sabe bem onde as excelentes ideias de higiene pessoal daquele tempo foram dar: numa Peste que dizimou quase metade da população da Europa.


O banho tornaria-se novamente um hábito no Ocidente apenas no Século XVII, quando os químicos franceses Nicholas Leblanc e Michel Eugene Chevreul aprimoraram as técnicas para fabricação de sabonetes. Mais ou menos no mesmo período, a descoberta dos Micróbios deu um impulso adicional ao conceito de higiene. Por volta de 1880, os chuveiros já eram parecidos com os nossos e o banho havia se tornado uma rotina. Como resposta, a lâmina de barbear descartável surgiria em 1895 e a escova de dente como a conhecemos, em 1938.


Mas a história do banho não termina neste mar de rosas. Da metade do Século XX para cá, alguns cientistas voltaram a questionar a sua validade. Estudos realizados na década de 1960 mostraram que um bom banho na verdade espalha as bactérias da pele no ambiente à sua volta, podendo aumentar o número de micro organismos nas camadas mais superficiais. Como consequência, os cirurgiões passaram a ser orientados a não tomar banho imediatamente antes de entrarem no bloco cirúrgico.


Alguns pesquisadores cascões também observaram que, mesmo após vários dias sem banho, a população bacteriana da pele permanece estável, fornecendo uma excelente desculpa para adolescentes mais preguiçosos.


A verdade é que, excepto pelo hábito de lavar as mãos, não existem muitas evidências científicas associando o banho ou a limpeza geral da pele à prevenção de infecções. O banho frequente, afirmam vários cientistas, pode possuir vários benefícios estéticos, relaxantes e odoríficos, mas parece servir pouco do ponto de vista microbiológico.


Ainda assim, recomenda-se que tome banho todos os dias. Se não o fizer por razões microbiológicas, faça-o baseado na premissa de combate ao stress e descoberta do corpo. Afinal de contas, em que outra situação você se desligaria do mundo, enquanto explora os dedos dos pés? Só mesmo durante um bom, morno e relaxante banho.

(Fonte: Alessandro Loiola (extractos)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Saúde Pessoal - Estilo de Vida

Saude Pessoal

Saúde ideal não significa saúde perfeita. Saúde ideal significa adaptar sua herança genética ao seu estilo de vida actual, fazendo as escolhas pessoais necessárias para viver da forma mais saudável possível.

  • Nutrição e Suplementação – Você tem uma dieta balanceada, que inclui grãos integrais, frutas, legumes, verduras e proteínas naturais? Você sabe quais suplementos são recomendados para seu tipo de alimentação?
  • Estilo de vida – Você tem hábitos de vida saudáveis, como a prática de exercícios? Você fuma?

  • Repouso e Relaxamento – Você dorme o suficiente, de forma regular? Você corre para a loja de doces mais próxima quando está stressado? Ou, então, você conhece alguma técnica de relaxamento?

  • Genética – Sua família tem histórico de pressão alta ou cancro?

 

Embora você não possa mudar sua composição genética, pode modificar seu estilo de vida na busca pela saúde ideal.

  • Adopte uma dieta mais saudável.

  • Pare de fumar (se for o caso).

  • Pratique mais exercícios.

  • Mantenha um peso adequado.

  • Consulte seu médico regularmente.

(Fonte: nutrilite.com)

terça-feira, 17 de março de 2009

Promoção da saúde oral - Higiene Oral

HIgiene Oral

A higiene oral deve ser abordada no contexto da aquisição de comportamentos de higiene pessoal. As aprendizagens deverão relacionar os saberes com as vivências, dentro e fora da escola.

A estrutura dos programas do ensino básico é suficientemente aberta e flexível para atender os diversos pontos de partida, os interesses e as necessidades dos alunos, assim como as características do meio. Deste modo, os conteúdos da saúde oral e da higiene oral podem ser associados ao desenvolvimento de hábitos de higiene pessoal e de vida saudável. No 1.º Ciclo, recomendamos que as crianças façam uma das escovagens dos dentes no próprio estabelecimento de ensino. Esta escovagem deve ser orientada pelos professores, a quem deverá ser dada formação para esta actividade, e regularmente, pelo menos uma vez em cada trimestre, supervisionada pela equipa de saúde escolar.
Será de estimular a auto-responsabilização da criança pela sua higiene oral, de manhã e à noite.

Escovagem dos dentes

Na escola, deve ser monitorizada a execução e a efectividade desta actividade. A execução da escovagem pode ser monitorizada através de um registo diário num mapa de turma, e a efectividade pode ser avaliada através da utilização do revelador de placa bacteriana e do cálculo do Índice de ‘Placa Simplificado’, realizado pelos profissionais de saúde.

Fio dentário


A higienização dos espaços interdentários deve começar a ser feita por volta dos 9-10 anos, quando a criança começa a ter destreza manual para utilizar o fio dentário. A técnica deve ser claramente explicada e treinada.

Bochecho fluoretado

Todas as crianças e jovens, que frequentam as escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico devem fazer o bochecho quinzenal com uma solução de fluoreto de sódio a 0,2%12.
As estratégias e técnicas de realização e implementação, na escola, das medidas de promoção da saúde oral preconizadas, encontram-se descritas no Texto de Apoio anexo a esta Circular Normativa, da qual faz parte integrante.

Obtido no Site: Top Saúde - Fonte: Direcção-Geral da Saúde

OUTROS LINKS:

domingo, 15 de março de 2009

Higiene Pessoal

(Citação)

1. Higiene Pessoal

O conceito de higiene pessoal refere-se ao estado geral de limpeza do corpo e da roupa das pessoas que manipulam os alimentos.

A primeira medida a tomar para minimizar os riscos de contaminação por parte dos funcionários é a sua educação/formação em práticas de higiene pessoal. A unidade tem de consciencializar os manipuladores e fazer com que respeitem determinadas regras de higiene, segurança e saúde. Estas regras devem estar expostas em locais estratégicos da unidade tais como vestiários, instalações sanitárias e junto aos lavatórios.

Os comportamentos a adoptar por qualquer manipulador de alimentos são:

  • Manter um nível adequado de limpeza pessoal ao nível do corpo, uniforme e calçado;

  • Comportar-se de modo apropriado, seguindo todas as regras de higiene adoptadas.

É preciso lembrar que os funcionários tendem a agir em conformidade com o ambiente existente na empresa: instalações limpas incentivam as práticas de limpeza por parte de todos os que nela trabalham.

Qualquer pessoa, mesmo que seja saudável, pode contaminar os alimentos com microrganismos que poderão causar doenças a quem consome esses alimentos. Microrganismos são seres vivos muito pequenos, que só se conseguem ver ao microscópio e que incluem bolores, leveduras, vírus e bactérias.

Muitos dos microrganismos vivem em diversas partes do nosso corpo, onde normalmente não causam doenças, mas quando presentes nos alimentos podem causar infecções ou intoxicações.

Um manipulador de alimentos tem que manter uma higiene cuidada, para não transmitir microrganismos aos alimentos. Estes, quando encontram as condições adequadas para se multiplicarem, podem causar doenças graves nos consumidores. Para além dos casos de má disposição, febre, vómitos e diarreias, podem ocorrer casos de morte. É necessário que se tenha um cuidado muito maior quando se trabalha com crianças, mulheres grávidas, idosos, pessoas doentes ou com o sistema imunitário fragilizado, porque são extremamente sensíveis.

1.1  Regras gerais

1.1.1  Lavagem de mãos

Os manipuladores de alimentos devem manter as mãos limpas, lisas e sem fissuras onde os microrganismos se possam alojar e desenvolver.

A lavagem das mãos deve ser frequente e de forma correcta. Deve ser realizada num lavatório de uso exclusivo para esse fim, com comando não manual. Junto a este deverá estar disponível um sabonete líquido bactericida (ou um sabonete líquido e um desinfectante), assim como toalhas de papel descartáveis (O uso de secadores eléctricos de mãos em áreas onde se preparam alimentos deve ser evitado). O lavatório deverá ser provido de água quente e fria. Cada funcionário deverá possuir a sua escova de unhas para que as possa lavar de forma conveniente.

As unhas deverão apresentar-se sempre curtas, limpas e sem verniz e é proibido o uso de unhas postiças. São também desaconselháveis as unhas roídas, devendo-se alertar os manipuladores para esse facto.

Quando lavar as mãos:

  • Sempre que iniciar o trabalho;

  • Sempre que se apresentarem sujas;

  • Sempre que mudar de tarefa;

  • Depois de manipular alimentos crus;

  • Sempre que tossir, espirrar ou mexer no nariz;

  • Sempre que utilizar as instalações sanitárias;

  • Depois de mexer no cabelo, olhos, boca, ouvidos e nariz;

  • Depois de comer;

  • Depois de fumar;

  • Depois de manipular e/ou transportar lixo;

  • Depois de manipular produtos químicos (limpeza e desinfecção).

Lavamos as mãos várias vezes ao dia. Mas será que as lavamos bem? A figura seguinte mostra as zonas que ficam frequentemente mal lavadas, quando a sua lavagem não é feita de modo adequado.

Figura 1 – Áreas das mãos que podem ficar mal lavadas

Lavagem-maos

Como lavar as mãos:

  • Molhar muito bem as mãos e antebraços com água corrente, quente e potável;

  • Ensaboar bem as mãos com o sabão líquido, lavando bem os espaços interdigitais, as palmas das mãos, os polegares e os antebraços;

  • Lavar as unhas com escova própria (que deverá ser mantida limpa e seca entre as utilizações);

  • Passar por água corrente, quente e potável para remover todo o sabão;

  • Deitar o líquido desinfectante nas mãos e espalhar bem pelas próprias e pelos antebraços (esta operação deverá demorar entre 20 a 30 segundos);

  • Passar abundantemente por água quente, corrente e potável;

  • Secar as mãos com toalhetes de papel descartável.

1.1.2  Uso de adornos

O uso de adornos (ganchos, anéis, colares, pulseiras, relógios, etc.) é proibido, sendo que a única excepção na legislação portuguesa é o uso da aliança. Mas, caso a use, deve retira-la quando lava as mãos e desinfecta-la igualmente, pois acumula muita sujidade sendo uma fonte de contaminação. A aliança não deve estar larga, para que não se solte e seja incorporada num alimento.

Deve-se evitar o uso de maquilhagem, cremes e perfumes de odor intenso.

Os manipuladores devem entender que podem incorporar nos alimentos objectos físicos que podem causar asfixia, danos nos dentes e cortes no aparelho digestivo assim como transmitir-lhes odores que não lhes são característicos.

1.1.3  Roupas, protecções do cabelo e sapatos

A roupa e outro material de uso pessoal utilizado fora do local de laboração, devem ser deixados no vestiário. Durante o período de trabalho apenas se podem usar peças de roupa do fardamento, não devendo usar-se roupas por cima da farda (como casacos e camisolas) que não sejam de uso exclusivo no trabalho.

O fardamento a utilizar deve obedecer ás seguintes características:

  • Deve ser constituído por touca, bata, calças, calçado apropriado e eventualmente avental;

  • Deve ser de cor clara, confortável e adequado à tarefa a desempenhar;

  • Deve ser de uso exclusivo ao local de trabalho (sempre que for necessário sair das instalações durante o período de trabalho, não deverão utilizar-se as peças de fardamento vestidas nem usar-se o calçado de trabalho);

  • Deve ser de material resistente a lavagens frequentes;

  • O calçado deve ser de uso exclusivo no local de laboração, de cor clara e antiderrapante, confortável e fechado à frente.

No local de confecção todo o pessoal deverá usar o fardamento adequado, que deve ser mantido limpo e mudado sempre que se apresente sujo. Na utilização do uniforme devem ser cumpridas as seguintes regras:

  • Colocar primeiro a touca, certificando-se que esta cobre o cabelo na sua totalidade;

  • Seguidamente veste-se a bata e as calças;

  • Por último o calçado;

  • Se necessário, usar protector naso-bucal na preparação de alimentos de risco;

  • No final, lavar bem as mãos.

Os cabelos devem apresentar-se lavados, penteados e totalmente protegidos por uma touca. São desaconselháveis o uso de barba e/ou bigode, sendo no entanto recomendável a sua protecção nos indivíduos que os possuam.

1.1.4  Protecção das mãos

A utilização de luvas é muito discutível. Estas devem ser desinfectadas (com uma solução alcoólica) antes de se iniciar o trabalho e têm que ser descartáveis e impermeáveis. Devem ser mantidas sempre limpas trocando de luvas caso estas se apresentem sujas.

Antes de se calçarem as luvas, as mãos têm que ser higienizadas correctamente como indicado anteriormente.

As tarefas que impliquem o uso de luvas descartáveis devem decorrer sem interrupções. Se tal não ocorrer, o manipulador ao reiniciar a tarefa deve lavar novamente as mãos e colocar novas luvas.

1.1.5 Manipulação de produtos de limpeza, tóxicos ou perigosos

Estes produtos devem estar armazenados separadamente dos produtos alimentares, evitando qualquer contacto para que não ocorra a contaminação química dos alimentos.

Todos estes produtos devem ser bem usados segundo as especificações do rótulo e do fornecedor, respeitando os tempos de exposição indicados e as condições de utilização. Devem ser colocadas fichas técnicas dos produtos em locais de fácil acesso a todos os manipuladores.

Após manipulação destes produtos não se deve tocar nos alimentos sem antes efectuar uma correcta higienização das mãos.

A farda utilizada durante a manipulação destes produtos tem que ser diferente da utilizada quando se manipulam alimentos.

1.1.6  Comer, beber e mascar

Todas estas acções devem ser realizadas em local próprio, sendo interditas no local onde se manuseiam e armazenam os alimentos. Deste modo evita-se o risco de incorporação nos produtos alimentares de restos de alimentos, caroços de fruta, pevides assim como de materiais de embalagens (anilhas de abertura fácil de bebidas em lata, bocados de papel e filme plástico usado para embrulhar) por parte dos manipuladores. Evita-se também que as mãos dos manipuladores fiquem contaminadas devido ao contacto com materiais potencialmente sujos.

1.1.7  Proibição de cuspir e fumar

É proibido o acto de cuspir em qualquer zona de preparação/confecção de alimentos assim como nos locais de armazenamento. Excepto nos sanitários e para as sanitas.

O acto de fumar é igualmente proibido nas zonas acima mencionadas. Não só por uma questão de saúde ambiental como também pelo aumento do risco de contaminações nos alimentos (ex.: incorporação de cinzas).

O acto de fumar deve ser desencorajado nos manipuladores porque:

  • O fumo aumenta a tosse;

  • Existe um risco de contaminação dos alimentos pelo contacto dos dedos que tocaram nos lábios enquanto fumavam.

1.1.8  Tosse, espirro, limpeza do nariz e uso de lenço

O manipulador de alimentos sempre que tossir ou espirrar deve colocar um toalhete de papel em frente à boca e ao nariz e desviar a cabeça para que não o faça sobre os alimentos. Ao retomar a tarefa, o manipulador deve lavar correctamente as mãos.

Para limpar o nariz, o manipulador deve usar um lenço de papel descartável, usando e deitando-o fora logo de seguida. Não deve manter o lenço consigo, devido ao perigo de contaminação. Ao retomar a tarefa, o manipulador deve lavar correctamente as mãos.

1.2  Feridas, golpes e uso de pensos

Os manipuladores com feridas e doenças não podem manipular directamente os alimentos.

As feridas, mesmo quando tapadas com adesivos, são grandes fontes de contaminação.

Caso se verifique que a ferida, pústula ou queimadura não apresenta um risco para a saúde do consumidor, esta tem de ser protegida com pensos estanques de cor viva (para se detectarem facilmente se caírem) e impermeáveis. Devem-se usar luvas ou dedeiras de borracha, para impedirem a contaminação dos alimentos.

O facto de se utilizar luvas não dispensa a lavagem cuidadosa das mãos.

1.3  Doenças e acompanhamento médico

Os exames médicos devem ser feitos na admissão e, pelo menos, uma vez ao ano (ou uma vez de dois em dois anos, dependendo da idade dos manipuladores).

Para um manipulador de alimentos ser admitido, não pode sofrer de doenças infecto-contagiosas tais como a hepatite e a tuberculose. Sempre que algum dos manipuladores se deslocar de férias ao estrangeiro e tenha visitado algum país de elevado risco devem ser questionados relativamente a se tiveram alguns sintomas de infecção ou intoxicação alimentar durante a sua estadia. Em caso afirmativo, estes deverão ser sujeitos a uma avaliação médica antes de iniciarem o trabalho.

Todos os manipuladores de alimentos deverão contactar os seus superiores sempre que tenham contraído ou suspeitem de ter contraído uma doença contagiosa, sofram de uma doença de pele (tais como erupções, furúnculos, feridas infectadas, etc.), doença do aparelho digestivo acompanhada de diarreia, vómito ou febre, dores abdominais, inflamação da garganta, nariz, olhos, ouvidos ou olhos, expectoração, tosse, gripe ou corrimento nasal. Devendo recorrer a consulta médica.

Estas são situações que justificam o afastamento temporário dos manipuladores de alimentos, retomando somente a sua actividade profissional quando obtiverem parecer favorável do médico.

As reacções alérgicas, para além do perigo para a saúde do manipulador, potenciam a contaminação dos alimentos, pela reacção natural de coçar, levando à escamação da pele. Qualquer reacção alérgica deve ser comunicada de imediato ao responsável para eventual tratamento médico, possível afastamento temporário e averiguação da situação/agente causador da alergia.

1.4  Conduta pessoal

O comportamento de um manipulador de alimentos, para além do seu cuidado com a higiene, é essencial para não ocorrer a contaminação cruzada.

O manipulador de alimentos deve estar conscienlizado para as seguintes situações e respeita-las no seu local de trabalho:

  • É proibido comer, beber, mascar pastilha elástica, fumar e cuspir nas zonas de produção e armazenamento;

  • Não espirrar, tossir, falar ou soprar sobre as matérias-primas, produtos ou material utilizado;

  • Não tomar nem guardar medicamentos na zona de produção;

  • Não mexer na cabeça, nariz, orelhas ou boca enquanto se manipulam alimentos;

  • Utilizar calçado próprio e que permita ter os pés secos;

  • Nas pausas de trabalho não deixar as superfícies e instrumentos de trabalho sujos, devendo-os lavar com produto próprio e deixar as facas mergulhadas numa solução desinfectante adequada;

  • Os locais de trabalho devem manter-se sempre limpos e arrumados;

  • Deve agarrar-se sempre os talheres pelo cabo;

  • Não pegar nos copos, taças ou chávenas pelos bordos e muito menos colocar os dedos no seu interior;

  • Não soprar para os copos, se necessário polir, usar toalhas macias descartáveis;

  • Não tocar com os dedos no interior dos pratos onde vão ser servidos os alimentos;

  • Não limpar as mãos ao avental e/ou fardamento;

  • Não molhar os dedos com saliva para qualquer tarefa, nomeadamente separar toalhetes e folhas papel vegetal;

  • Usar pinças para manipular os alimentos;

  • Não deve provar os alimentos com o dedo, usar uma colher e lava-la de seguida;

  • Não soprar ou meter as mãos dentro dos sacos de acondicionamento de lixo;

  • Não mexer em dinheiro;

  • Não deve roer as unhas;

  • Manter as unhas curtas, limpas e sem verniz;

  • Não usar no local de trabalho jóias, adornos, ganchos;

  • Deve usar correctamente o fardamento;

  • Deve manter uma boa higienização.

1.5  Estojo de primeiros socorros

Em cada unidade deverá existir pelo menos um manipulador com formação em primeiros socorros, no caso de alguém se magoar ou engasgar. Em local de fácil acesso aos manipuladores, deverá existir um pequeno estojo de primeiros socorros. Além dos mencionados neste estojo, os serviços médicos poderão aconselhar outros:

  • Algodão hidrófilo;

  • Água oxigenada;

  • Álcool etílico;

  • Tesoura;

  • Gaze esterilizada;

  • Produto desinfectante;

  • Dedeiras;

  • Luvas esterilizadas e adequadas para produtos alimentares;

  • Adesivos;

  • Pensos estanques, impermeáveis e coloridos;

  • Máscara naso-bucal.

1.6  Visitantes e chefias

Sempre que ocorram visitas à unidade, devem tomar-se as medidas necessárias para impedir as contaminações das instalações e dos alimentos por parte dos visitantes. Nomeadamente o uso de vestuário adequado e evitar que tenham contacto com os alimentos. As chefias devem dar o exemplo, colocando o vestuário adequado sempre que visitarem as instalações.

1.7  Formação profissional

A entidade empregadora tem o dever de informar convenientemente cada colaborador de todas as regras e instruções de trabalho, dando-lhe a conhecer a respectiva documentação, que deverá ser elaborada e organizada por técnicos habilitados.

Cada colaborador deve ser treinado, após recrutamento e tantas vezes quantas as necessárias, para que a higiene seja entendida como uma forma de estar e não apenas como um conjunto de regras e obrigações.

Qualquer que seja a tarefa de um manipulador de alimentos, este pode ser responsabilizado pelo não cumprimento das regras de higiene pessoal.

Texto: Cláudia Silva – Obtido no: Portal de Saúde Pública, 2007

sexta-feira, 13 de março de 2009

Doenças relacionadas com a falta de higiene pessoal

 Higiene Pessoal

Dermatoses.

A pele está sujeita a uma grande quantidade de doenças como resultado da falta de asseio agravada por factores ligados à idade, ao sexo, ambiente de moradia, trabalho e transporte, e outras condições. Esses males, que constituem o grupo das dermatoses, são principalmente as piodermites, que são infecções inflamatórias directamente provocadas por bactérias nas diversas camadas da pele, além de certas verminoses e micoses. Resultam de contágio e são transmissíveis por contacto, sendo mais frequentemente incidentes durante a época mais quente e húmida do ano.

Foliculites.

São piodermites representadas por folículos pilosos inflamados que produzem forte coceira na barba ou em qualquer área pilosa da pele (bordas do couro cabeludo na nuca, zona cabeluda do púbis, etc.). Pessoas mais sujeitas às foliculites devem lavar com mais frequência os cabelos nessas partes mais susceptíveis de serem afectadas.

Impetigo.

O impetigo, também conhecido por impetigem e salsugem, comum em crianças, é contraído por contagio ao contacto da pele com superfícies contaminadas. Pode ocorrer em qualquer local da pele, porém é mais frequente na face e extremidades e nas áreas do corpo expostas a objectos engordurados pelo uso público, como os assentos no transporte colectivo (contaminação na curva interna do joelho). Formam-se na pele bolhas que dão lugar a feridas planas, cobertas de um crosta tipicamente cor do mel.

Larva geográfica (Larva migrans)

É um verme cujos ovos são frequentemente encontrado nas fezes de cães e gatos, depositadas na areia ou na grama. Em ambiente quente e húmido produzem as larvas que penetram na pele de quem se deita ou rola nos gramados ou na praia. As larvas se deslocam sob a primeira camada da pele, e produzem coceira. Os pés, as costas e as nádegas são as partes do corpo mais comummente contaminadas. Como prevenção é bom evitar caminhar descalço em terrenos e nas praias que se sabe frequentada por cães. Deve-se deitar não directamente sobre a areia ou a grama, mas sobre uma toalha, quando não se estiver vestido. Um farmacêutico experiente pode indicar uma pomada apropriada ao combate da larva e, caso não se obtenha o resultado esperado, é recomendada a consulta médica a um dermatologista.

Micose de praia (epitiríase versicolor).

Esta é uma micose muito comum em crianças e jovens que não vivem em condições óptimas de higiene. Apesar de ser conhecida como "micose de praia", apresenta-se também em outros ambientes. A causa está num desequilíbrio da flora natural da pele, fazendo com que uma espécie de fungo acabe proliferando. Por isso, o problema não surge necessariamente na praia. A pele contaminada pelo fungo apresenta manchas brancas arredondadas e ovaladas, nos braços, na nuca e base do pescoço, nas costas, no peito e no ventre. O tratamento é feito com antimicóticos de receita médica. Evita-se com banhos diários e secando-se bem o corpo, principalmente quando se vive em regiões de clima quente e húmido.

Parasitas do couro cabeludo.

Os dois parasitas mais comuns das áreas peludas do corpo são o piolho e o chato. É muito comum crianças de qualquer classe social serem infestadas por piolhos. Estes, assim como os percevejos, passam aos assentos dos colectivos, às poltronas do cinema e às carteiras escolares e daí são levados para contaminar as residências. Basta que uma pessoa, que tenha os cabelos infestados, coce a cabeça ou use o pente para que algum piolho caia por perto. Chapéus e bonés, escovas de cabelo, pentes, travesseiros, encostos de cadeiras, assentos de carros são as vias de disseminação mais comuns. Os ovos do piolho, as lêndeas, são branco amarelados e colados firmemente aos fios do cabelo, e isso faz que, nas grandes infestações, pareça que a pessoa tem cabelos claros ou esbranquiçados. Ao sugar o sangue da pessoa infestada, o piolho injecta saliva na pele, a fim de diluir o sangue da vítima no local da mordida, o que provoca a coceira. Tal como os percevejos, os piolhos não transmitem doença: apenas causam tremendo incómodo à pessoa cuja aparência obviamente passará a imagem de desleixo e falta de higiene.

Existem muitos medicamentos, sob forma de champôs, eficazes na eliminação dos piolhos. Porém, onde não estiverem disponíveis, a limpeza é feita com o uso continuado do pente fino e a paciente eliminação dos ovos ou lêndeas, praticamente fio a fio de cabelo, e troca frequente da roupa usada por roupa limpa. A criança que tem piolhos não deve ser levada à escola antes que o mal esteja completamente debelado. Uma variedade do piolho, popularmente chamado "chato" também infesta as partes cabeludas do corpo. Localiza-se principalmente nos pêlos pubianos e nas axilas. Causam intenso prurido e pequenas inflamações da pele nos locais infestados. Existem medicamentos capazes de eliminar o parasita prontamente.

 

Pé-de-atleta.

Caracterizado pela coceira, é um tipo de micose que se manifesta entre os dedos e propaga-se para a planta do pé, na vizinhança das inserções dos dedos contaminados. Os sinais comuns são a descamação da pele formando placas esbranquiçadas, manchas vermelhas e rachaduras que coçam ou ardem. Em estado avançado de contaminação formam-se pequenos nichos circulares e dolorosos na pele, nos locais afectados. A contaminação em geral ocorre ao caminhar descalço por pisos húmidos, banheiros de hotéis, de vestiários, ou em piscinas e saunas de clubes. Secar bem os pés entre os dedos, após o banho, usar sandálias sempre que possível, ajuda o combate ao fungo. O uso de talcos anti-sépticos não parece dar resultado, e muitas vezes até parece que, por absorverem o suor do pé, pioram o mau cheiro. Chega-se a melhor resultado com um antimicótico líquido, que geralmente remove o fungo e a parte superior da pele afectada. Mas, isto que se sabe na prática, na verdade precisa ser confirmado por um médico.

(Fonte: Ruben Queiroz Cobra)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Saúde e Higiene Oral Infantil

Saude e Higiene Oral Infantil

A saúde da boca é fundamental para que se consiga o adequado aproveitamento dos alimentos pelo nosso organismo.Dentes e gengivas fortes e saudáveis em conjunto com uma boa salivação, são os elementos básicos para um bom início da digestão.

Após a mastigação e a deglutição, permanecem na boca pequenos pedaços de comida que misturados com a saliva e bactérias existentes na boca, vão formar a placa bacteriana aderente aos dentes. Esta sofre transformações químicas, no sentido da acidificação. Os ácidos que se formam vão corroer o esmalte dos dentes conduzindo à cárie dentária.

Direccionada às crianças

Para transmitir informações relacionadas com a saúde e higiene oral infantil, é indispensável que a criança possua o mínimo de conhecimentos sobre a sua dentição e boca em geral.

Objectivos:

- Conhecer a boca e seus principais constituintes:

• Lábio superior;

• Lábio inferior

• Dentes;

• Língua;

• Céu-da-boca

- Distinguir os diferentes tipos de dentes e as suas funções:

• Incisivos: cortar;

• Caninos: rasgar;

• Pré-molares: triturar;

• Molares: moer.

- Distinguir dentição de leite de dentição permanente:

• Dentição de leite: os primeiros que nascem;

• Dentição permanente: os que nascem depois,e que se forem bem tratados permanecerão até ao fim da vida.

Após conhecer a boca, torna-se necessário que a criança possua conhecimentos sobre algumas das doenças que podem surgir relacionas com a dentição e como as prevenir através da higiene oral.

Objectivos:

- Conhecer alguns dos problemas que advêm da falta de higiene oral:

• Placa bacteriana;

• Gengivite;

• Cárie dentária

Para proteger da cárie dentária existem várias medidas:

- Ingestão de flúor em quantidade suficiente para as necessidades, especialmente nos primeiros tempos de vida até ao romper da dentição definitiva ( devemos aconselharmos-nos com um médico).

- Higiene dentária regular ( de manhã, após as refeições e antes de deitar) com a aplicação da técnica correcta de lavagem dos dentes.

- Evitar a ingestão de alimentos e bebidas açucaradas e preferir, no caso de o fazer, ingeri-los após uma refeição e não no intervalo entre as refeições.

- Ingestão diária de alimentos ricos em cálcio (ex: leite e derivados, vegetais de cor verde escuro, leguminosas secas, etc)

- Utilização de pasta dentífrica com flúor ( deve-se ter cuidado com a ingestão simultânea de suplementos de flúor e pedir aconselhamento médico).

- Ir ao dentista de seis em seis meses, para vigiar e tratar dos dentes.

- Conhecer os diferentes métodos de limpeza oral:

• Escovagem:

• Como a realizar;

• Ter noção de que a escova é um objecto pessoal e intransmissível;

-manter a escova limpa.

• Fio dentário:

-método de utilização do fio dental.

-Visita frequente de um higienista oral ou de um dentista

• Alimento a evitar para a promoção da higiene oral:

-Alimentos ricos em açucares: doces, rebuçados, etc.

Com estes objectivos pretendemos que a criança se encontre mais à vontade com a sua boca a fim de realizar uma higiene correcta.

Isto permite à criança compreender que uma boca saudável implica uma boa e correcta higiene oral e uma alimentação saudável.

Direccionada aos pais

Como as crianças se encontram num estádio em que ainda não são autónomas, é necessário que os pais tenham conhecimento da morfologia da boca, do seu desenvolvimento e evolução da dentição, e medidas de prevenção de problemas relacionados com a dentição.

Objectivos:

- Conhecer a morfologia da boca e dentes:

• Lábio superior;

• Lábio inferior;

• Dentes;

• Língua;

• Céu-da-boca ou palato;

• Incisivos;

• Caninos;

• Pré-molares;

• Molares.

- Conhecer as fases de desenvolvimento da dentição da criança:

• Desde a vida embrionária até a vida adulta;

• Em que idades surge a dentição de leite e dentição permanente.•

- Conhecer a pasta dentífrica, e escova de dentes mais adequada

– Conhecer os problemas ligados à falta de higiene e de que modo os prevenir:

• Placa bacteriana;

• Gengivite;

• Cárie dentária

• Escovagem:

- como a realizar;

- transmitir às crianças de que a escova é um objecto pessoal e intransmissível;

- ensinar a manter a escova limpa.

• Fio dentário:

- método de utilização do fio dental;

- visita frequente de um higienista oral ou de um dentista;

- Perceber a importância da colocação dos selantes;

- Perceber a importância de, periodicamente, bochechar o flúor dentário

Os pais precisam que lhes sejam transmitidas estratégias de promoção de higiene oral, de modo as aplicarem aos filhos, já que as bases para uma boa higiene começam em casa.

Motivar as crianças à escovagem dentária, tornando-a uma actividade de rotina.

- Lavar os próprios dentes com a criança ao nosso colo;

• Quando estivermos a realizar a nossa higiene oral perguntar à criança se quer ajudar na escovagem;

• Enquanto a criança não desenvolver a habilidade motora necessária para a realização da higiene oral individualmente, a tarefa deve ser executada pelos pais, tornando a escovagem uma actividade divertida;

• Transmitir às crianças que a higiene oral previne problemas.

- Transmitir às crianças com que regularidade deve ser realizada a escovagem dos dentes:

• Após: pequeno-almoço

• Almoço

• Lanche

• Jantar

Resumindo

"...está nas mãos dos pais prevenir a cárie dentária nas crianças: a experiência ensinará a sua utilidade, o hábito tornar-se-á natural e os pais sentir-se-ão enormemente recompensados, apesar de todo o trabalho"

(SANOUDOS; CHRISTEN, 1999).

Fonte: Comunidades.net

quarta-feira, 11 de março de 2009

Higiene Pessoal para Crianças, Jovens e Adultos

 Higiene

Higiene Pessoal

A higiene é o conjunto de meios para manter as condições favoráveis à saúde.

Os hábitos de higiene diários incluem não só a lavagem corporal mas também o tipo de alimentação, vestuário e calçado, a postura no dia-a-dia, as horas de sono diárias e a prática de exercício físico.

Higiene corporal

Banho:

A pele tem milhões de glândulas especiais que produzem suor, e outras que produzem uma substância parecida com o sebo. A falta de banho provoca o acumulo progressivo dessas substâncias, que se somam às sujeiras exteriores (poeiras, terra, areia, etc.). A consequência de um banho mal tomado é o aparecimento de vermelhidão na pele, além do odor desagradável, o risco de aparecimento de piolhos e sarna, micoses, seborreia, infecções urinárias e corrimento vaginal nas meninas .

O banho é importantíssimo e é indispensável à saúde do corpo. O banho de duche é o mais económico, o mais prático e o mais higiénico. Depois do banho, certifica-te que estejam bem limpos e secos os espaços entre os  dedos, virilhas e outras dobras.

Limpeza das Mãos:

As mãos têm de estar sempre limpas.

Nunca devemos comer ou mexer em alimentos sem antes termos lavado as mãos.

Nunca devemos comer ou mexer em alimentos sem antes termos lavado as mãos.

Unhas:

Cortar as unhas e mantê-las sempre limpas são medidas importantes para prevenir certas doenças. Quando a pessoa coloca a mão na boca, a sujeira armazenada debaixo das unhas pode dar origem a verminoses e outras doenças intestinais. Além disso, devemos valorizar os aspectos estéticos relacionados à beleza das unhas.

Ah!... Seria muito bom procurar  eliminar o hábito de roer unhas.

Cabelos:

Devem estar sempre lavados (duas vezes por semana no mínimo) e penteados. Devem ser cortados regularmente .

Nos cabelos acumulam-se poeiras e gorduras que precisam de ser eliminadas .É sempre agradável observarmos  cabelos limpos, brilhantes, cheirosos  e  bem cortados.

Os  cabelos grandes e sujos facilitam o aparecimento e a multiplicação de piolhos. Pede à tua mãe que verifique de vez em quando a tua cabeça . Já pensaste como será feio para ti que teus colegas saibam que tens piolhos ?

Horas de Sono:

O sono é a forma que o nosso organismo tem de descansar. O sono assegura o repouso do cérebro.

As horas de sono variam de pessoa para pessoa e são diferentes conforme a idade, etc.

Deitar e levantar sempre à mesma hora ajudam a criar um ritmo de sono regular.

Uma pessoa da tua idade deve dormir entre 8 a 9 horas por dia. O tempo normal de sono varia de 6 a 8 horas, nos adultos.

O sono deve vir naturalmente, sem esforço. Não "brigues com o travesseiro". Em vez disso, tenta relaxar, até que te sintas sonolento.

- Faz do quarto um ambiente confortável, sem iluminação excessiva e com temperatura agradável.

-Tenta controlar os ruídos do quarto.

-Evita chá preto, café e refrigerantes, sobretudo à noite.

- Deita – te na cama somente para dormir.

- Evita ver TV na cama.

Vestuário:

A roupa e o calçado devem estar sempre limpos e serem adequados ao tempo que faz: frescos no Verão, quentes no Inverno e impermeáveis nos dias de chuva. Devem ser cómodos e folgados.

O vestuário é importante para manter a temperatura corporal. Veste sempre, junto ao corpo, roupas de algodão pois não retém o suor o que evita o aparecimento de mau cheiro. Não esqueças também de mudar diariamente as tuas roupas interiores.

Evita roupas justas e de fibras sintéticas. Prefere roupas confeccionadas em algodão, principalmente as meias e roupas íntimas.

Higiene dentária

Depois de cada refeição há resíduos alimentares que ficam nos dentes se estes não forem escovados com regularidade, acumulando-se e atraindo micróbios que se transformam em ácido.

Esse ácido “ataca” o esmalte dos dentes provocando as cáries. Quando a cárie se aprofunda provocando abcessos dentários, dores de cabeça, enxaquecas, problemas no funcionamento dos pulmões, coração, fígado, rins, sistema nervoso, coluna vertebral, etc.

É essencial escovar os dentes após cada refeição e visitar regularmente o dentista para prevenir as cáries.

Como escovar?

  • Escove as superfícies voltadas para a bochecha dos dentes superiores e, depois, dos inferiores.
  • Escove as superfícies internas dos dentes superiores e, depois, dos inferiores.
  • Em seguida, escove as superfícies de mastigação.
  • Para ter hálito puro, escove também a língua, local onde muitas bactérias ficam alojadas.
  • É aconselhável que escove os dentes duas a três vezes por dia, durante pelo menos 2 minutos. No intervalo entre os dentes limpe com fio dental.

Higiene genital

Feminina

   Devemos saber que a zona genital feminina deve ser tratada com produtos naturais, e nunca devemos deixar de limpar e tratar a zona genital.
Eis algumas recomendações:

  • Use sempre sabonetes neutros.
  • Nunca use desodorizantes de outras pessoas que toquem no corpo.
  • Mantenha os pelos púbicos cortados.
  • Após ter urinado, limpe a vulva encostando o papel higiénico, sem fazer movimentos bruscos, para evitar que o papel se rasgue e deixe pequenos pedaços; nunca passe o papel higiénico de trás para a frente pois poderá contaminar a vagina com bactérias que habitam normalmente a região perianal.
  • No banho, procure afastar os lábios vaginais para limpar os restos de líquidos que restam em redor da vagina.
  • Não é necessário lavar dentro da vagina.
  • Evite o uso habitual de pensos higiénicos fora do período menstrual.
  • Durante a menstruação troque o penso ou tampão com frequência.
  • De preferência use roupas íntimas de tecido natural como o algodão. As cuecas de renda aumentam a temperatura e irritam as mucosas.
  • Evite usar roupas apertadas no dia-a-dia. Durma com roupas soltas, e dispense as cuecas sempre que possível.
  • Procure urinar após a relação sexual. Esse hábito ajuda a evitar a cistite já que o “jacto” urinário lava a uretra, que em algumas mulheres se contamina com muita facilidade no coito.
  • Use preservativo, esse também é um bom hábito de higiene

Masculina

   A higiene íntima do homem também deve ser diária. Devemos sempre limpar e/ou lavar a zona do orifício da uretra, porque normalmente contem restos de urina.

Depois de uma relação sexual o homem deve sempre limpar o orifício da uretra porque pode conter muco feminino e restos de esperma.

  • Apesar de ser pouco romântico, após qualquer tipo de contacto sexual, deve-se lavar os genitais com água corrente, mesmo tendo usado preservativo. Usar um sabonete neutro e massajá-los levemente. Incluir a glande, o prepúcio, o corpo de pénis, região púbica, região anal e a zona perianal.
  • Há homens em que a produção e acumulação de materiais viscosos (o popular sebo do pénis), é mais exuberante. Nestes casos, a higiene deve ser feita com a frequência adequada a cada indivíduo, tantas vezes quantas forem necessárias para manter o pénis limpo.

Os pelos púbicos, do escroto, zona perianal e das virilhas, possuem uma função pouco conhecida e relegada para segundo plano: reduzir o atrito entre duas superfícies de pele que se tocam. Portanto, não se deve cortar tais pelos sob pena de ocorrer reacções locais tais como infecções, irritações e escoriações da pele. Os que assim preferirem, deve evitar corta-los com lâminas, fazendo apenas o corte dos pêlos com tesoura, deixando-os, no mínimo, com 1,5 cm de comprimento.